Texto por Raphael Ligmanowski Carvalho
O jogo: Bang! É um card-game de faroeste onde os jogadores assumem o controle de personagens clássicos do faroeste e de filmes e são divididos entre mocinhos e bandidos. O objetivo é simples, o bem precisa eliminar o mal, matando os bandidos e o renegado, do contrário o mal vence.

Imagem por Roberto Corbelli
Primeiras impressões: ao abrir a caixa você não se surpreende muito com o que encontra. As cartas tem o mesmo tamanho das do Munchkin (Kimera USA se não me engano). O padrão artístico tenta imitar os pôsteres de Wanted do Faroeste e a fonte é o clichê que nunca sai de moda. A versão que jogamos tem descrição das cartas em Italiano em Inglês, o que eu achei muito legal porque cresci em Santa Felicidade e que tornou a experiência um pouco nostálgica… hehehe Além das cartas podem ser encontrados cartões que servem para acomodar sua classe, personagem e vida que é representada por marcadores com imagem de projéteis.
Regras: cada pessoa recebe aleatoriamente um papel, mocinho (xerife ou ajudante de xerife) ou bandido (bandido e renegado). O único que se revela – duplo sentido essa frase – é o xerife e recebe um ponto de vida extra. Os demais mantém em segredo os seus papéis. Depois são distribuídos os personagens de cada um. O personagem adiciona mecânica diferentes a cada jogador, como alcance maior, facilidade de esquivar de ou acertar tiros. Por fim, cada jogador recebe quatro cartas e o jogo começa com cada um jogando. As ações são simples, pode-se equipar itens, cartas com borda azul que dão vantagens ao jogador, arma com alcance ou dano maior, capacidade de se esconder, ou meter bala em alguém usando a carta Bang!
. O alcance é medido contando a que distância o jogador está de quem atira, ou seja os coleguinhas diretamente do seu lado direito ou esquerdo estão a 1 de distância quem está ao lado dessas pessoas está ao alcance 2 e assim por diante. Conta-se da mesma maneira independente do lado. Voltando a parte que importa, o jogador da vez escolhe em quem vai meter tiro, verifica a distância e BANG! O defensor precisa jogar uma carta de Mancato (esquiva em italiano) pra se livrar, do contrário perde um de vida. Assim que um tiro leva um jogador a zero de vida ele é eliminado a não ser que jogue uma carta de Birra. SIM!!! Finalmente alguém eternizou em um jogo que CERVEJA É VIDA!

Condições de vitória: O xerife e os mocinhos vencem se matarem todos os bandidos e o renegado, os bandidos vencem se matarem os ajudantes e o xerife e o renegado, bem o cara tem esse nome porque não é muito gente fina, nesse caso ele vence se for o último sujeito vivo na cidade.
As partidas: troquei tiros
e bebi cerveja
numa cidade do faroeste com: Andréa, Júlia, Camile, Lídia, Roberta, Alan e Camarão. Alan começou como o destemido xerife e com um combo muito bom. O personagem dele permitia que descartasse duas cartas pra se curar. Mesmo assim não foi páreo para os bandidos que tinham eu, a Júlia e a Andréa. A Lídia não estava nos seus melhores dias e acabou ficando Renegada. Camarão veio com uma arma descarregada e não conseguiu dar nenhum tiro e, só com a Roberta tentando ajudar o xerife, apesar das curas que se deu, morreu em poucas rodadas. A segunda partida teve o Camarão como xerife – que cidade elege xerife um cara que não tem munição na arma? Bom, como isso parecia parte do destino do Camarão, sendo incapaz de dar muitos tiros – sim, ele saiu com poucos Bangs na segunda partida também – rapidamente virou peneira e os bandidos ganharam novamente. Andréa, apesar de ter colaborado na eliminação do xerife estava era a renegada da rodada.


Considerações finais: uma boa opção de filler. Com certeza há melhores, mas o jogo não ofende ninguém e é bastante divertido. Pessoalmente achei que as primeiras rodadas são meio paradas, enquanto todo mundo se estuda, mas talvez isso seja parte da diversão que acabei não entendendo.
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